O Evangelho dos Evang�licos - Ed Ren� Kivitz
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on sábado, 28 de agosto de 2010
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"Nem todo aquele que me diz Senhor, Senhor, entrar� no Reino dos c�us, mas aquele que faz a vontade de meu Pai que est� nos c�us." (Jesus Cristo)
Estou convencido de que um � o evangelho dos evang�licos, outro � o evangelho do reino de Deus. Registro que uso o termo "evang�lico" para me referir � face hegem�nica da chamada igreja evang�lica, como se apresenta na m�dia radiof�nica e televisiva.
O evangelho dos evang�licos � estratificado. Tem a base e tem a c�pula. Precisamos falar com muito cuidado da base, o povo simples, fiel e cr�dulo. Mas precisamos igualmente discernir e denunciar a c�pula. A base � movida pela ingenuidade e singeleza da f�; a c�pula, muita vez � oportunista, mal intencionada, e age de m� f�. A base transita livremente entre o catolicismo, o protestantismo e as religi�es afro. A base vai � missa no domingo, faz cirurgia em centro esp�rita, leva a filha em benzedeira, e pede ora��o para a tia que � evang�lica. Assim � o povo cr�dulo e religioso. Uma das palavras chave desta estratifica��o � "clericalismo": os do palco manipulando os da plat�ia, os auto-institu�dos guias espirituais tirando vantagem do povo simples, interesseiro, ignorante e cr�dulo.
A c�pula � pragm�tica, e aproveita esse imagin�rio religioso como fator de crescimento da pessoa jur�dica, e enriquecimento da pessoa f�sica. Outra palavra chave � "sincretismo". A medir por sua c�pula, a igreja evang�lica virou uma mistura de macumba, protestantismo e catolicismo. Tem igreja que se diz evang�lica promovendo "marcha do sal": voc� atravessa um tapete de sal grosso, sob a b�n��o dos pastores, e se livra de mal olhado, d�vida, e tudo que � tipo de doen�a. J� vi igreja que se diz evang�lica distribuir cajado com �gua do Jord�o (i.�, um canudo de bic com �gua de pia), para quem desejasse ungir o seu neg�cio, isto �, o seu business. Lembro de assistir a um programa de TV onde o apresentador prometia que Deus liberaria a un��o da casa pr�pria para quem se tornasse um mantenedor financeiro de sua igreja.
O povo religioso � supersticioso e cheio de crendices. Assim como o Brasil. Somos filhos de portugueses, �ndios, africanos, e muitos imigrantes de todo canto do planeta. Falar em esp�ritos na cultura brasileira � normal. Crescemos cheios de crendices: n�o se pode passar por baixo de escada; gato preto d� azar; caiu a colher, vem visita mulher, caiu garfo, vem visita homem; e outras tantas id�ias sem fundamento. Somos assim, o povo religioso � assim. Tem professor de universidade federal dando aula com cristal na m�o para se energizar enquanto fala de filosofia.
E a c�pula evang�lica aproveita a onda e pratica um estelionato religioso: oferece uma proposta ritual�stica que aprisiona, promove a culpa e, principalmente, ilude, porque promete o que n�o entrega. Ali�s, os jornais come�am a noticiar que os fi�is est�o reivindicando indeniza��es e processando igrejas por propaganda enganosa.
O evangelho dos evang�licos � estratificado. A base � movida pela ingenuidade e singeleza da f�, e a c�pula � oportunista. A base transita entre o catolicismo, o protestantismo e as religi�es-afro, e a c�pula � pragm�tica. A base � cheia de crendices e a c�pula pratica o estelionato religioso.
O evangelho dos evang�licos � mercantilista, de l�gica neoliberal. Nasce a partir dos pressupostos capitalistas, como, por exemplo, a supremacia do lucro, a tirania das rela��es custo-benef�cio, a �nfase no enriquecimento pessoal, a meritocracia - quem n�o tem compet�ncia n�o se estabelece. Palavra chave: prosperidade. Desenvolve-se no terreno do egocentrismo, disfar�ado no respeito �s liberdades individuais. Palavra chave: ego�smo. Promove a desconsidera��o de toda e qualquer autoridade reguladora dos investimentos privados, onde tudo o que interessa � o lucro e a prosperidade do empreendedor ou investidor. Palavra chave: individualismo. Expande-se a partir da mentalidade de mercado. Tanto dos l�deres quanto dos fi�is. Os l�deres entram com as t�cnicas de vendas, as franquias, as pir�mides, o planejamento de faturamento, comiss�es, marketing, tudo em favor da constru��o de imp�rios religiosos. Enquanto os fi�is entram com a busca de produtos e servi�os religiosos, estando dispostos inclusive a pagar financeiramente pela sua satisfa��o. Em s�ntese, a religi�o na vers�o evang�lica hegem�nica � um neg�cio.
O sujeito abre sua micro-empresa religiosa, navega no sincretismo popular, promete mundos e fundos, cria mecanismos de vincula��o e amarra��o simb�licas, utiliza leis da sociologia e da psicologia, e encontra um povo desesperado, que est� disposto a pagar caro pelo al�vio do seu sofrimento ou pela recompensa da sua gan�ncia.
Em terceiro lugar, o evangelho dos evang�licos � m�gico. Promove a infantiliza��o em detrimento da maturidade, a depend�ncia em detrimento da emancipa��o, e a acomoda��o em detrimento do trabalho.
Pra ser evang�lico voc� n�o precisa amadurecer, n�o precisa assumir responsabilidades, n�o precisa agir. N�o precisa agregar virtudes ao seu car�ter ou ao processo de sua vida. Primeiro porque Deus resolve. Segundo porque se Deus n�o resolver, o bispo ou o ap�stolo resolvem. Observe a express�o: "Estou liberando a un��o". Pensando como isso pode funcionar, imaginei que seria algo como o ap�stolo ou bispo dizendo ao Esp�rito Santo: �N�o fa�a nada por enquanto, eles n�o contribu�ram ainda, e eu n�o vou liberar a un��o".
Existe, por exemplo, a un��o da supera��o da crise dom�stica. Como isso pode acontecer? A pessoa passa trinta anos arrebentando com o seu casamento, e basta se colocar sob as m�os ungidas do ap�stolo, que libera a un��o, e o casamento se resolve. Quem n�o quer isso? M�gica pura.
O sujeito � mau-car�ter, incompetente para gerenciar o seu neg�cio, e n�o gosta de trabalhar. Mas basta ir ao culto, dar uma boa oferta financeira, e levar para casa um vidrinho de �leo de cozinha para ungir a empresa e resolver todos os problemas financeiros.
Essa postura de n�o assumir responsabilidades, de n�o agir com car�ter, e esperar que Deus resolva, ou que o ap�stolo ou bispo liberem a un��o tem mais a ver com pensamento m�gico do que com f�.
Em quarto lugar, o evangelho dos evang�licos tem esp�rito fundamentalista. Pe�o licen�a para citar Frei Beto: "O fundamentalismo interpreta e aplica literalmente os textos religiosos, n�o sabe que a linguagem simb�lica da B�blia, rica em met�foras, recorre a lendas e mitos para traduzir o ensinamento religioso." O esp�rito fundamentalista � literalista, e o mais grave � que o esp�rito fundamentalista se julga o portador da verdade, n�o admite cr�ticas, considera��es ou contribui��es de outras correntes religiosas ou cient�ficas.
Quem tem o esp�rito fundamentalista n�o dialoga, pois considera infi�is, her�ticos, ou, na melhor das hip�teses, equivocados sinceros, todos os que n�o concordam com seus postulados, que n�o s�o do mesmo time, e n�o t�m a mesma etiqueta. Quem tem o esp�rito fundamentalista se considera paradigma universal. Dialoga por gentileza, n�o por interesse em aprender. Ouve para munir-se de mais argumentos contra o interlocutor. Finge-se de tolerante para refor�ar sua convic��o de que o outro merece ser queimado nas fogueiras da inquisi��o. Est� convencido de que s� sua verdade h� de prevalecer.
Mais uma vez Frei Beto: "o fundamentalista desconhece que o amor consiste em n�o fazer da diferen�a, diverg�ncia". Por causa do esp�rito fundamentalista, o evangelho dos evang�licos � sect�rio, intolerante, altamente desconectado da realidade. O evangelho dos que t�m o esp�rito do fundamentalismo � dogm�tico, herm�tico, fechado a influ�ncias, e, portanto, � burro e incoerente.
Em quinto lugar, o evangelho dos evang�licos � um simulacro. Simulacro � a fotografia mais bonita que o sandu�che. N�o me iludo, o evangelho dos evang�licos � mais bonito na televis�o do que na vida. As promessas dos l�deres espirituais s�o mais garantidas pela sua prepot�ncia do que pela sua f�. Temos muitos profetas na igreja evang�lica, mas acredito que tenhamos muito mais falsos-profetas. Os testemunhos dos aben�oados s�o mais espetaculares do que a realidade dos crist�os comuns. De vez em quando (isso faz parte da dimens�o masoquista da minha personalidade) fico assistindo estes programas, e penso que � jogada de marketing, testemunho falso. Mas o fato � que podem ser testemunhos por amostragem. Isto �, entre os muitos que faliram, h� sempre dois ou tr�s que deram certo. O testemunho � vendido como regra, mas na verdade � apenas exce��o.
A apar�ncia de integridade dos l�deres espirituais � mais convincente na TV e no r�dio do que na realidade de suas negociatas. A igreja evang�lica esta envolvida nos boatos com tr�ficos de armas, lavagem de dinheiro, acordos pol�ticos, vendas de igrejas e rebanhos, imoralidade sexual, falsifica��o de testemunho, inadimpl�ncia, calotes, corrup��o, venda de votos.
A integridade do palco � mais atraente do que a integridade na vida. A f� expressa no palco, e nas celebra��es coletivas � mais triunfante, do que a f� vivida no dia a dia. Os ideais �ticos, e os princ�pios de vida s�o mais vivos nos nossos guias de estudos b�blicos e serm�es do que nas experi�ncias cotidianas dos nossos fi�is. Os gabinetes pastorais que o digam: no ambiente reservado do aconselhamento espiritual a verdade mostra sua cara.
Estratificado, m�gico, mercantilista, fundamentalista, e simulacro. Eis o evangelho dos "evang�licos".
Fonte: Ed Ren� Kivitz
Ed Ren� Kivitz � te�logo, escritor e palestrante, mestrando em Ci�ncias da Religi�o pela Universidade Metodista de S�o Paulo. � fundador e diretor da Galilea - Consultoria e Treinamento. � pastor da Igreja Batista de �gua Branca, em S�o Paulo (SP), e autor dos livros Vivendo com prop�sitos e Outra espiritualidade, ambos pela editora Mundo Crist�o.
Estou convencido de que um � o evangelho dos evang�licos, outro � o evangelho do reino de Deus. Registro que uso o termo "evang�lico" para me referir � face hegem�nica da chamada igreja evang�lica, como se apresenta na m�dia radiof�nica e televisiva.
O evangelho dos evang�licos � estratificado. Tem a base e tem a c�pula. Precisamos falar com muito cuidado da base, o povo simples, fiel e cr�dulo. Mas precisamos igualmente discernir e denunciar a c�pula. A base � movida pela ingenuidade e singeleza da f�; a c�pula, muita vez � oportunista, mal intencionada, e age de m� f�. A base transita livremente entre o catolicismo, o protestantismo e as religi�es afro. A base vai � missa no domingo, faz cirurgia em centro esp�rita, leva a filha em benzedeira, e pede ora��o para a tia que � evang�lica. Assim � o povo cr�dulo e religioso. Uma das palavras chave desta estratifica��o � "clericalismo": os do palco manipulando os da plat�ia, os auto-institu�dos guias espirituais tirando vantagem do povo simples, interesseiro, ignorante e cr�dulo.
A c�pula � pragm�tica, e aproveita esse imagin�rio religioso como fator de crescimento da pessoa jur�dica, e enriquecimento da pessoa f�sica. Outra palavra chave � "sincretismo". A medir por sua c�pula, a igreja evang�lica virou uma mistura de macumba, protestantismo e catolicismo. Tem igreja que se diz evang�lica promovendo "marcha do sal": voc� atravessa um tapete de sal grosso, sob a b�n��o dos pastores, e se livra de mal olhado, d�vida, e tudo que � tipo de doen�a. J� vi igreja que se diz evang�lica distribuir cajado com �gua do Jord�o (i.�, um canudo de bic com �gua de pia), para quem desejasse ungir o seu neg�cio, isto �, o seu business. Lembro de assistir a um programa de TV onde o apresentador prometia que Deus liberaria a un��o da casa pr�pria para quem se tornasse um mantenedor financeiro de sua igreja.
O povo religioso � supersticioso e cheio de crendices. Assim como o Brasil. Somos filhos de portugueses, �ndios, africanos, e muitos imigrantes de todo canto do planeta. Falar em esp�ritos na cultura brasileira � normal. Crescemos cheios de crendices: n�o se pode passar por baixo de escada; gato preto d� azar; caiu a colher, vem visita mulher, caiu garfo, vem visita homem; e outras tantas id�ias sem fundamento. Somos assim, o povo religioso � assim. Tem professor de universidade federal dando aula com cristal na m�o para se energizar enquanto fala de filosofia.
E a c�pula evang�lica aproveita a onda e pratica um estelionato religioso: oferece uma proposta ritual�stica que aprisiona, promove a culpa e, principalmente, ilude, porque promete o que n�o entrega. Ali�s, os jornais come�am a noticiar que os fi�is est�o reivindicando indeniza��es e processando igrejas por propaganda enganosa.
O evangelho dos evang�licos � estratificado. A base � movida pela ingenuidade e singeleza da f�, e a c�pula � oportunista. A base transita entre o catolicismo, o protestantismo e as religi�es-afro, e a c�pula � pragm�tica. A base � cheia de crendices e a c�pula pratica o estelionato religioso.
O evangelho dos evang�licos � mercantilista, de l�gica neoliberal. Nasce a partir dos pressupostos capitalistas, como, por exemplo, a supremacia do lucro, a tirania das rela��es custo-benef�cio, a �nfase no enriquecimento pessoal, a meritocracia - quem n�o tem compet�ncia n�o se estabelece. Palavra chave: prosperidade. Desenvolve-se no terreno do egocentrismo, disfar�ado no respeito �s liberdades individuais. Palavra chave: ego�smo. Promove a desconsidera��o de toda e qualquer autoridade reguladora dos investimentos privados, onde tudo o que interessa � o lucro e a prosperidade do empreendedor ou investidor. Palavra chave: individualismo. Expande-se a partir da mentalidade de mercado. Tanto dos l�deres quanto dos fi�is. Os l�deres entram com as t�cnicas de vendas, as franquias, as pir�mides, o planejamento de faturamento, comiss�es, marketing, tudo em favor da constru��o de imp�rios religiosos. Enquanto os fi�is entram com a busca de produtos e servi�os religiosos, estando dispostos inclusive a pagar financeiramente pela sua satisfa��o. Em s�ntese, a religi�o na vers�o evang�lica hegem�nica � um neg�cio.
O sujeito abre sua micro-empresa religiosa, navega no sincretismo popular, promete mundos e fundos, cria mecanismos de vincula��o e amarra��o simb�licas, utiliza leis da sociologia e da psicologia, e encontra um povo desesperado, que est� disposto a pagar caro pelo al�vio do seu sofrimento ou pela recompensa da sua gan�ncia.
Em terceiro lugar, o evangelho dos evang�licos � m�gico. Promove a infantiliza��o em detrimento da maturidade, a depend�ncia em detrimento da emancipa��o, e a acomoda��o em detrimento do trabalho.
Pra ser evang�lico voc� n�o precisa amadurecer, n�o precisa assumir responsabilidades, n�o precisa agir. N�o precisa agregar virtudes ao seu car�ter ou ao processo de sua vida. Primeiro porque Deus resolve. Segundo porque se Deus n�o resolver, o bispo ou o ap�stolo resolvem. Observe a express�o: "Estou liberando a un��o". Pensando como isso pode funcionar, imaginei que seria algo como o ap�stolo ou bispo dizendo ao Esp�rito Santo: �N�o fa�a nada por enquanto, eles n�o contribu�ram ainda, e eu n�o vou liberar a un��o".
Existe, por exemplo, a un��o da supera��o da crise dom�stica. Como isso pode acontecer? A pessoa passa trinta anos arrebentando com o seu casamento, e basta se colocar sob as m�os ungidas do ap�stolo, que libera a un��o, e o casamento se resolve. Quem n�o quer isso? M�gica pura.
O sujeito � mau-car�ter, incompetente para gerenciar o seu neg�cio, e n�o gosta de trabalhar. Mas basta ir ao culto, dar uma boa oferta financeira, e levar para casa um vidrinho de �leo de cozinha para ungir a empresa e resolver todos os problemas financeiros.
Essa postura de n�o assumir responsabilidades, de n�o agir com car�ter, e esperar que Deus resolva, ou que o ap�stolo ou bispo liberem a un��o tem mais a ver com pensamento m�gico do que com f�.
Em quarto lugar, o evangelho dos evang�licos tem esp�rito fundamentalista. Pe�o licen�a para citar Frei Beto: "O fundamentalismo interpreta e aplica literalmente os textos religiosos, n�o sabe que a linguagem simb�lica da B�blia, rica em met�foras, recorre a lendas e mitos para traduzir o ensinamento religioso." O esp�rito fundamentalista � literalista, e o mais grave � que o esp�rito fundamentalista se julga o portador da verdade, n�o admite cr�ticas, considera��es ou contribui��es de outras correntes religiosas ou cient�ficas.
Quem tem o esp�rito fundamentalista n�o dialoga, pois considera infi�is, her�ticos, ou, na melhor das hip�teses, equivocados sinceros, todos os que n�o concordam com seus postulados, que n�o s�o do mesmo time, e n�o t�m a mesma etiqueta. Quem tem o esp�rito fundamentalista se considera paradigma universal. Dialoga por gentileza, n�o por interesse em aprender. Ouve para munir-se de mais argumentos contra o interlocutor. Finge-se de tolerante para refor�ar sua convic��o de que o outro merece ser queimado nas fogueiras da inquisi��o. Est� convencido de que s� sua verdade h� de prevalecer.
Mais uma vez Frei Beto: "o fundamentalista desconhece que o amor consiste em n�o fazer da diferen�a, diverg�ncia". Por causa do esp�rito fundamentalista, o evangelho dos evang�licos � sect�rio, intolerante, altamente desconectado da realidade. O evangelho dos que t�m o esp�rito do fundamentalismo � dogm�tico, herm�tico, fechado a influ�ncias, e, portanto, � burro e incoerente.
Em quinto lugar, o evangelho dos evang�licos � um simulacro. Simulacro � a fotografia mais bonita que o sandu�che. N�o me iludo, o evangelho dos evang�licos � mais bonito na televis�o do que na vida. As promessas dos l�deres espirituais s�o mais garantidas pela sua prepot�ncia do que pela sua f�. Temos muitos profetas na igreja evang�lica, mas acredito que tenhamos muito mais falsos-profetas. Os testemunhos dos aben�oados s�o mais espetaculares do que a realidade dos crist�os comuns. De vez em quando (isso faz parte da dimens�o masoquista da minha personalidade) fico assistindo estes programas, e penso que � jogada de marketing, testemunho falso. Mas o fato � que podem ser testemunhos por amostragem. Isto �, entre os muitos que faliram, h� sempre dois ou tr�s que deram certo. O testemunho � vendido como regra, mas na verdade � apenas exce��o.
A apar�ncia de integridade dos l�deres espirituais � mais convincente na TV e no r�dio do que na realidade de suas negociatas. A igreja evang�lica esta envolvida nos boatos com tr�ficos de armas, lavagem de dinheiro, acordos pol�ticos, vendas de igrejas e rebanhos, imoralidade sexual, falsifica��o de testemunho, inadimpl�ncia, calotes, corrup��o, venda de votos.
A integridade do palco � mais atraente do que a integridade na vida. A f� expressa no palco, e nas celebra��es coletivas � mais triunfante, do que a f� vivida no dia a dia. Os ideais �ticos, e os princ�pios de vida s�o mais vivos nos nossos guias de estudos b�blicos e serm�es do que nas experi�ncias cotidianas dos nossos fi�is. Os gabinetes pastorais que o digam: no ambiente reservado do aconselhamento espiritual a verdade mostra sua cara.
Estratificado, m�gico, mercantilista, fundamentalista, e simulacro. Eis o evangelho dos "evang�licos".
Fonte: Ed Ren� Kivitz
Ed Ren� Kivitz � te�logo, escritor e palestrante, mestrando em Ci�ncias da Religi�o pela Universidade Metodista de S�o Paulo. � fundador e diretor da Galilea - Consultoria e Treinamento. � pastor da Igreja Batista de �gua Branca, em S�o Paulo (SP), e autor dos livros Vivendo com prop�sitos e Outra espiritualidade, ambos pela editora Mundo Crist�o.
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on terça-feira, 24 de agosto de 2010
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on domingo, 22 de agosto de 2010
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Medita��o para Iniciantes - Tire o Estresse de sua vida!
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on sexta-feira, 20 de agosto de 2010
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No oriente, meditar � algo bem diferente. � entrar num estado de consci�ncia onde se torna mais f�cil compreender a si mesmo. Nisargadatta Maharaj, um mestre indiano, nos explica com simplicidade no seu livro I am That: "N�s conhecemos o mundo exterior de sensa��es e a��es mas, do nosso mundo interior de pensamentos e sentimentos, n�s conhecemos muito pouco. O objetivo prim�rio da medita��o � que nos tornemos conscientes e que nos familiarizemos com a nossa vida interior. O objetivo final � alcan�ar a fonte da vida e da consci�ncia."
Grande parte dessa confus�o � criada pela mente. Podemos dizer que ela � o instrumento de nossa consci�ncia e cont�m a somat�ria de nossos condicionamentos, padr�es de pensamento, nossa mem�ria e nosso lado racional. A mente � como um lago agitado. Ao ver a lua refletida nesse lago turbulento poder�amos supor que a pr�pria lua � algo disforme e agitado, mas estar�amos totalmente enganados. Da mesma forma, quando olhamos para o reflexo do nosso Eu-Superior no lago inquieto de nossa mente, n�o conseguimos perceber sua verdadeira natureza. Meditar nada mais � do que aquietar os turbilh�es dos pensamentos, serenar a mente para que possamos reconhecer com clareza nossa ess�ncia. Durante esse processo de aquietar a mente nos damos conta de nossos padr�es de pensamento e de a��o e, assim, podemos transform�-los.
Dicas para a Pr�tica
Escolha um lugar sereno onde voc� possa sentar-se de maneira confort�vel e com a coluna ereta. Pode ser numa cadeira ou no ch�o com as pernas cruzadas. Sentar-se sobre uma pequena almofada ajuda a manter as costas eretas. Use roupas que n�o apertem nem incomodem.
Acender um incenso ou colocar uma m�sica bem suave pode ajudar a criar um clima de tranq�ilidade no in�cio. Depois de algum tempo, pode ser que voc� prefira dispens�-los.
Evite meditar quando estiver com sono ou muito cansado. Voc� se sentir� frustrado por n�o conseguir se concentrar e desanimar� de sua pr�tica di�ria. Um bom hor�rio para meditar � pela manh�, quando estamos mais tranq�ilos e descansados. Por�m, isso tamb�m � individualiz�vel. Se voc� sentir que consegue melhores resultados � noite, escolha esse hor�rio.
Comece com dez minutos di�rios. Coloque um rel�gio para despertar ap�s esse tempo, assim sua mente n�o poder� sabot�-lo fazendo-o acreditar que j� se passaram muito mais que dez minutos.
N�o se mova durante esse tempo. O corpo � como um pote e a mente � a �gua dentro dele. Mover o recipiente faz com que a �gua tamb�m se mova e, lembre-se, o que voc� quer � que sua mente permane�a quieta e im�vel.
A aten��o deve estar voltada para o objeto da medita��o (a respira��o, um s�mbolo, etc.) sem que isso necessite de grandes esfor�os. Caso voc� disperse, reconduza sua aten��o suavemente ao objeto escolhido.
Qualquer coisa que aconte�a estar� bem. Se houver um monte de pensamentos desfilando pela sua cabe�a, se voc� tiver vontade de chorar ou de rir, se voc� achar que nunca vai conseguir se concentrar, tudo bem. Apenas continue sentado e, sempre que poss�vel, volte a sua aten��o para o objeto sobre o qual est� meditando.
Exerc�cios de Medita��o
Quando estiver em contato com a natureza, sente-se diante de uma paisagem e observe-a. Ou�a os sons, veja as cores, sinta os aromas mas n�o fique dando nome �s coisas ou analisando-as: "esse cheiro deve ser daquela flor", "como � bonita a forma daquela montanha", "o som desses passarinhos me deixa t�o relaxado...". Apenas ou�a, veja e sinta sem criar frases na sua mente, sem ficar tagarelando internamente.
Sente-se diante de uma janela e deixe que a claridade invada seu corpo. Sinta a luz penetrando pelo alto de sua cabe�a e flu�ndo por todo o corpo. Mantenha sua aten��o nesse fluxo.
Repita o mantra OM durante todo o tempo da sua medita��o. Mantras s�o sons que trazem uma determinada qualidade de energia para quem os vocaliza. O mantra OM � um dos mais antigos do hindu�smo e sua qualidade � o equil�brio e a serenidade. Ele nos traz energia e ajuda a clarear a mente.
Olhe atentamente para um s�mbolo ou um objeto que lhe chame a aten��o naturalmente. Pode ser um desenho, uma estatueta, um yantra (diagramas c�smicos do hindu�smo), etc. No Yoga, usamos o simbolo do OM para meditar (veja o desenho ao lado). Olhe para esse s�mbolo e envolva-se com ele. Observe-o atentamente at� que voc� possa mant�-lo com clareza na sua mente, mesmo de olhos fechados.
Sente-se em sil�ncio e preste aten��o a cada som que surgir ao seu redor. Ou�a tudo ao mesmo tempo. N�o se detenha em nenhum deles. Nenhum � mais importante do que os outros, nenhum � melhor ou mais agrad�vel. N�o julgue, apenas ou�a. Evite relacion�-los com os objetos ou seres que os produzem. Permita-se ouvir o som puro e perceber sua qualidade intr�nseca.
Voc� pode meditar com as cores tamb�m. Pergunte ao seu corpo de qual cor ele necessita para estar em harmonia. Aceite qualquer cor que lhe venha � mente. Imagine um grande jorro de luz dessa cor fluindo sobre voc� ou mergulhe num oceano tingido com a cor escolhida. N�o se preocupe em "ver" a cor, voc� pode apenas sent�-la com seus sentidos interiores.
Observe seus pensamentos e tente perceber o espa�o que existe entre um e outro. Mesmo numa mente completamente confusa, os pensamentos surgem e desaparecem deixando um breve espa�o entre si. Descubra esse espa�o, nem que seja apenas um segundo. Observe-o e voc� vai perceber que ele come�ar� a se ampliar. Ao penetrar nesse espa�o em branco, voc� estar� al�m da mente.
Fonte: Portal Alpha
Viva Melhor - Sucos Naturais para a SA�DE
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Descubra as 1001 vantagens de ingerir estes elixires da sa�de
T�m in�meras vitaminas e sais minerais capazes de manter o organismo saud�vel.
Conseguem inclusive minimizar os sintomas de v�rias doen�as. T�m, al�m do mais, uma elevada capacidade preventiva.
A partir do momento que come�a a incluir sumos naturais e frescos na sua dieta di�ria, a sua vida tornar-se-�, por certo, mais saud�vel. Sentir-se-� mais leve e melhor consigo mesmo.
A sa�de cardiovascular � altamente beneficiada. Os sumos aumentam a capacidade f�sica, regulam a press�o arterial e s�o altamente energ�ticos.
S�o ideais para quem quer manter a linha. Com baixas calorias e praticamente livres de gorduras, os sumos permitem perder peso de uma forma natural, com um gosto excelente se sem a sensa��o de se estar privado de comida.
Um suco fresco, ingerido imediatamente ap�s ser feito, cont�m cerca de 95% do valor aliment�cio da fruta ou do legume utilizado. Quem ganha � o organismo que recebe os melhores nutrientes, isto � vitaminas e sais minerais, e fica com mais defesas naturais.
Pesquisas recentes, demonstraram que o beta-caroteno, um antioxidante presente em n�meros tipos de frutos e vegetais, tem um papel muito importante na preven��o de doen�as, pois defende as c�lulas e neutraliza as mol�culas nocivas.
Os alimentos crus, nomeadamente os frutos e legumes, livram o corpo de toxinas, refrescando e energizando o organismo. Al�m do mais, suavizam a pele, e tornam os cabelos mais brilhantes.
Pesquisas recentes demonstraram que o beta-caroteno desempenha um papel importante na preven��o de muitas doen�as, entre as quais os tumores malignos. Funciona como um antioxidante, neutralizando mol�culas nocivas conhecidas como radicais livres. Por este motivo, � altamente aconselhado o consumo regular de cenouras, agri�es, couve-flor, espinafres, nabos, br�colos e ab�boras.
A clorofila � um outro elemento valioso para os seres humanos. Encontrada apenas nas plantas, � excelente no combate ao crescimento de tumores.
ATEN��O:
Tome os sucos assim que estes fiquem prontos.
N�o coloque os sucos na geladeira para consumo posterior
Quando tomar sumo de vegetais mastigue bem peda�os n�o triturados.
RECEITAS SIMPLES PARA MELHORAR
A SUA VIDA E PREVENIR DOEN�AS
Purificar o sangue: 3 ma��s e 8 morangos
Manchas no corpo: 6 cenouras, 1/2 piment�o verde
Regulador nocturno: 1 p�ra e 2 ma��s
Baixar o colesterol: 1/2 ma��, 5 cenouras, 1 raminho de salsa; 1 colher de gengibre em p�
Melhorar a pele: 1 ma��, 5 cenouras e uma colherzinha de gengibre
Depurar o organismo: 1/2 beterraba, 1/2 pepino e 2 cenouras
Ajudar a digest�o: 7 folhas de espinafre, 6 cenouras
Fadiga muscular: 1 espargo; 1 talo de alho franc�s e 4 cenouras
Cabelos brancos: 7 folhas de espinafre, 43 cenouras e 100 g de repolhos
Osteoporose: 2 ramilhos de br�colos, 4 folhas de couve e 6 cenouras
Retardar o envelhecimento: 3 fatias de melancia, 5 cenouras e 1 raminho de salsa
Fonte: Portal Alpha
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on sábado, 14 de agosto de 2010
Marcadores:
livro nova consciência
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VOTE para transformar a Nova Consci�ncia em LIVRO!
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on sexta-feira, 13 de agosto de 2010
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http://www.blogbooks.com.br/blogs/votando/YmxvZ2Jvb2tzXzM0OQ==
teste
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Organização Nova Consciência
on segunda-feira, 9 de agosto de 2010
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teste
A Hist�ria das Coisas - por Annie Leonard ( V�DEO )
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Organização Nova Consciência
on segunda-feira, 2 de agosto de 2010
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Apresentamos a Hist�ria das Coisas, vers�o brasileira do document�rio The Story of Stuff, de Annie Leonard:
Cr�ditos da vers�o brasileira:
Cr�ditos da vers�o legendada:
Cr�ditos da vers�o original:
Cr�ditos do website:
O que � Hist�ria das Coisas ?
Da extra��o e produ��o at� a venda, consumo e descarte, todos os produtos em nossa vida afetam comunidades em diversos pa�ses, a maior parte delas longe de nossos olhos.
Hist�ria das Coisas � um document�rio de 20 minutos, direto, passo a passo, baseado nos subterr�neos de nossos padr�es de consumo.
Hist�ria das Coisas revela as conex�es entre diversos problemas ambientais e sociais, e � um alerta pela urg�ncia em criarmos um mundo mais sustent�vel e justo.
Hist�ria das Coisas nos ensina muita coisa, nos faz rir, e pode mudar para sempre a forma como vemos os produtos que consumimos em nossas vidas.
Produ��o
Cr�ditos da vers�o brasileira:
- Adapta��o do texto - Denise Zepter
- Locu��o - Nina Garcia
- Dire��o e edi��o - F�bio Gavi
- Est�dios - Gavi New Track - SP
Cr�ditos da vers�o legendada:
- Organiza��o e Apoio - InfoNature.Org
- Tradu��o e Legendas - DocsPT
Cr�ditos da vers�o original:
- Written by - Annie Leonard
- Produced by - Free Range Studios
- Executive Producers - Christopher Herrera, Tides Foundation, Funders Workgroup for Sustainable Production and Consumption
- Director - Louis Fox
- Producer - Erica Priggen
- Camera - Braelan Murray
- Gaffer - Charles Griswold
- Sound - Michael Emery
- Hair/Make-Up - Laura Tesone
- Production Assistant - Brian Dettor
- Animation Script - Louis Fox
- Animator - Ruben DeLuna
- Editor - Braelan Murray
- Post-Production - Aidan Fraser
- Post-Audio - Ray Sutton
Cr�ditos do website:
- Webmaster - Max Kaos
- Imagens - Nina Garcia
I CURSO DE BIOCONSTRU��O DA PARA�BA - SUPERADOBE - te�rico e pr�tico
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Organização Nova Consciência
on domingo, 1 de agosto de 2010
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I CURSO DE BIOCONSTRU��O DA PARA�BA - SUPERADOBE - te�rico e pr�tico
(clique no cartaz para ampli�-lo)
Primeira Turma - 13,14 e 15/08
Segunda Turma - 20, 21 e 22/08
Valor: R$ 220,00 (incluindo alimenta��o, camiseta do curso, DVD com material did�tico e certificado)
Local: Pousada Maresia - AV. Cabo Branco, 3932 - Jo�o Pessoa - PB - Brasil
Objetivo- Introdu��o Te�rica de T�cnicas de Constru��o Ecol�gica e Constru��o de um ECO-DOME de superadobe.
Informa��es: (83) 87090788 Marcos / (83) 32261152 Wilson Pontual
MINISTRANTE
Neimar Marcos - Permacultor e Bioconstrutor
Possui gradua��o em Licenciatura Plena em Filosofia pela Universidade Federal de Pelotas (2006). Foi Coordenador do Departamento de Permacultura e Design de Ecovilas na Eco-vila itinerante Caravana Internacional arco-�ris por la Paz ( M�xico), Educador Ambiental no Centro Ecopedag�gico Bicho do Mato (Recife), e Coordenador Geral da Esta��o de Permacultura Aldeia 2012 (Goi�s). Tem realizado pesquisas, proferido palestras e ministrado cursos de Permacultura, Design de Ecovilas e Sustentabilidade para ONG's, Escolas , Insitutos e Universidades p�blicas e privadas em v�rios estados do Brasil.
REALIZA��O: Pousada Maresia